O relacionamento com jornalistas é peça-chave para obter sucesso em assessoria de imprensa, de acordo com os próprios assessores. E a principal ferramenta utilizada para se aproximar dos profissionais de redação é o envio de releases. Ou seja, o e-mail é o canal de comunicação principal entre as partes.
Porém, há um tempo, o celular vem ganhando cada vez mais espaço na relação. A pandemia, em 2020, acelerou o uso dos smartphones. Com o uso dos aparelhos celulares entrando na rotina da relação, é natural que surjam as boas práticas aceitas pelo mercado e, também, os incômodos.
A fim de compreender como tem sido esse relacionamento entre jornalistas e assessores por meio do celular, o Comunique-se realizou, recentemente, uma pesquisa com ambos os lados. O objetivo do estudo é justamente evidenciar o que há de melhor no uso do celular como meio de comunicação entre as partes.
Com base na pesquisa, levantamos 4 erros que o assessor de imprensa deve evitar na hora de se relacionar com o jornalista usando o celular como meio de contato.
1 – Entrar em contato em horários indesejados
Apesar dos celulares carregarem uma característica multitarefas, desenvolvido tanto para lazer quanto para trabalho, ainda sim, continua sendo um aparelho pessoal. Portanto, por mais prático que seja utilizar o celular para todas as necessidades do cotidiano, isso não significa que o jornalista estará disponível em todos os momentos do dia.
Com base na pesquisa realizada, 33,3% dos jornalistas entrevistados, responderam que não disponibilizam o contato para assessores por já terem recebido contatos em horários indesejados.
Ou seja, na hora de coletar o número direto de algum jornalista, é essencial que exista um acordo que estabeleça os melhores horários para entrar em contato ou compartilhar algum material. O mesmo serve para os jornalistas que querem entrar em contato com os assessores. É claro, isso vai de pessoa para pessoa, mas atentar-se a isso, vai garantir que a relação continue crescendo e se estabeleça forte com o passar do tempo.
2 – Compartilhar contato sem consentimento
Nos dias de hoje, coletar e tratar dados pessoais é uma grande responsabilidade — ainda mais com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) — que está em vigor desde agosto de 2020. Para quem trabalha com assessoria, sabe que, na maioria das vezes, conseguir o contato certo de algum jornalista pode ser trabalhoso.
Justamente por isso, alguns profissionais quando conseguem o número direto, acabam compartilhando com o colega mais próximo, que consequentemente, passa para mais um profissional de confiança e por aí vai.
Nesta questão, 16,7% dos jornalistas respondentes, disseram que não disponibilizam o celular como contato direto por compartilharem o contato para terceiros sem consentimento. É preciso ter transparência e cuidado quando se decide manter o contato direto com colegas da profissão.
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3 – Gerar más experiências com o follow up
O processo de follow up é comum na relação entre assessores x jornalistas e faz parte da estratégia. Na correria do dia a dia e com a pressão das entregas, é comum que os profissionais de assessoria de imprensa pressionem os jornalistas constantemente em busca de respostas.
Quando levantada essa questão na pesquisa, 33,3% dos jornalistas de redação, relataram que más experiências com follow up e contatos em horários indesejados são os principais motivos para não disponibilizarem o celular.
Neste caso, quando alguém realiza um follow up, significa que está fazendo uma avaliação ou acompanhando de algo que já foi feito, para obter uma resposta. E por utilizar um contato direto para fazer essa supervisão e buscar algum retorno sobre determinada campanha, realizar essa prática excessivamente pode gerar incômodo para o profissional de redação. Estreitando a relação e a experiência de ambos profissionais.
4 – Ferir a privacidade
Os meios de contato utilizados por assessores de imprensa para com os jornalistas são diversos. E por mais que tenha todos os cuidados a serem tomados, não escolher o celular como meio direto de contato, é um risco que pode custar bons relacionamentos e diversas oportunidades perdidas.
Por isso, a melhor maneira de conseguir manter um bom relacionamento direto por meio do celular é sabendo respeitar o limite e analisar se aquele contato vai gerar bons resultados.
A pesquisa aponta que por questões de privacidade, 16,6% dos jornalistas não compartilham o contato. Isso explica que, apesar de ser um meio eficaz, antes coletar um telefone direto, é preciso estar alinhado com o contato para não corromper o relacionamento.
Concluindo…
O celular é a principal ferramenta para o assessor de imprensa saber se a pauta será aproveitada ou não pelo jornalista. E segundo a pesquisa, 91,9% dos jornalistas de redação são flexíveis com relação ao uso do celular na relação com assessores de imprensa.
Ambas partes entendem a necessidade e importância de utilizar o celular como meio de comunicação. Entretanto, por ser um contato direto, é crucial entender a situação de cada um e respeitar os limites. Assim, com as informações bem apuradas, as oportunidades de emplacar na mídia aumentam substancialmente.