Veja como optar por menos, em assessoria de imprensa, é o caminho mais “curto” para o sucesso na relação com jornalistas de redação
Sempre existiu o mito de que para obter sucesso em assessoria de imprensa é necessário disparar releases para um grande volume de jornalistas de redação. Independentemente do tipo de assunto do conteúdo e do perfil do profissional de mídia abordado. O intuito de seguir com uma segmentação genérica é influenciada, principalmente, pela ideia de quanto mais contatos na lista, maior será a probabilidade de alguém “comprar” a pauta.
Isso, porém, é um erro e, cada vez mais, acaba sendo ineficaz. A tese é simples: menos é mais. Por isso, é indispensável criar, digamos, um relacionamento mais próximo com uma quantidade menor, mas assertiva, com determinados jornalistas e veículos de comunicação.
A importância do relacionamento
Pesquisa recente do Comunique-se comprova a tese da importância do relacionamento. Para 93,9% dos assessores de imprensa, a boa relação com jornalistas é “importante” ou “muito importante” para obter sucesso no trabalho.
E a importância não é apenas do lado das assessorias de imprensa. Para jornalistas, é tão importante quanto. Questionados, também pelo Comunique-se, quais são os principais fatores para aproveitar ou não um release, apontaram:
- Assunto do e-mail;
- Inclusão de recursos multimídia;
- Ciência de ser uma informação exclusiva;
- Bom relacionamento com o assessor que enviou o conteúdo.
Abaixo, confira 4 etapas de segmentação que você precisa levar em consideração antes de enviar os seus releases.
4 etapas de segmentação para melhorar a relação entre assessorias de imprensa e jornalistas de redação
1 – Por editoria:
É preciso levar em consideração o assunto a ser “vendido”. Se uma pauta for exclusiva sobre economia e negócios, certamente será mais fácil e eficaz emplacá-la em uma reportagem da Exame do que tentar transformá-la em notícia no ‘Jornal da Globo’.
Leitores da Exame já esperam e dão a devida atenção a esse tipo de material. Num telejornal, o conteúdo pode simplesmente passar batido em meio a informações sobre política, esportes e internacional, por exemplo.
Erro comum que incomoda os jornalistas de redação
A segmentação por editorias, talvez, seja a opção onde os assessores mais pecam ao selecionar o mailing. A prova disso é que um dos maiores incômodos dos jornalistas de redação com relação aos colegas de assessoria é justamente receber releases das editorias erradas.
O que isso significa? Se o (bom) relacionamento é fator crucial, gerar ruídos, com envios incorretos em excesso, pode ser prejudicial para os resultados futuros. Confira na imagem, abaixo, os outros itens que mais incomodam num assessor de imprensa:
Editorias mais concorridas x menos concorridas
Apenas para efeitos de curiosidade, levantamento do Comunique-se aponta as editorias mais e menos concorridas. Nesse caso, a “concorrência” se dá por meio da quantidade de releases que são enviados para jornalistas que cobrem esse tipo de assunto:
Mais concorridas:
- Saúde;
- Cultura;
- Cotidiano.
Menos concorridas:
- Religião;
- Veterinária;
- Decoração.
Esses dados foram coletados por meio da plataforma de digital PR do Comunique-se, o Comunique-se 360. Por meio do infográfico, foram levantadas as melhores práticas para se relacionar com a mídia de acordo com o comportamento de jornalistas de redação e de assessores de imprensa.
2 – Por localidade:
A localidade é outro fator crucial na segmentação. O problema de alguns clientes é o desejo de obter abrangência nacional, antes mesmo de ter relevância local – e cabe ao assessor de imprensa alinhar essa perspectiva.
Muitas ações rendem notícia, mas para uma região em específico. Exemplo de algo prático: quem terá mais interesse em destacar a construção da unidade da Havan em Santo André, município do ABC Paulista? O generalista Estadão ou o Diário do Grande ABC, que, como o nome sugere, é dedicado a cobrir temas relacionados exclusivamente ao ABC Paulista e, inclusive, tem a sua redação baseada em Santo André?
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3 – Por cargo:
Há casos em que o assessor de imprensa tem a ilusão de que acionar executivos, como diretor de redação e até presidente, fará a pauta ser aproveitada. Ledo engano. Na prática, é sempre bom nutrir um bom relacionamento com repórteres e editores.
No dia a dia, são eles que aproveitam ou rejeitam pautas. Outro detalhe: é comum que um alto executivo simplesmente encaminhe o release para… o editor ou repórter de plantão. É o que ocorre, por exemplo, aqui mesmo no Grupo Comunique-se. O CEO Rodrigo Azevedo repassa os materiais para análise de Anderson Scardoelli, editor-chefe do Portal Comunique-se.
O infográfico com as melhores práticas de relacionamento mostra exatamente isso. Ao longo de todo o ano de 2020, editores e repórteres recebem 63,6% dos envios de releases. Confira, abaixo, os 5 cargos que mais são abordados por assessores de imprensa na hora de vender as pautas.
4 – Por veículos
Outro elemento crucial na segmentação é o tipo de veículo abordado. Os assessores de imprensa não devem tratar todos os meios de comunicação do mesmo jeito. Mídias como impresso, rádio, TV e internet contam com peculiaridades que devem ser levadas em consideração na hora de produzir releases e “vender” as pautas.
Vender uma pauta para um programa de rádio, por exemplo, é completamente diferente de negociar com um veículo impresso. As particularidades de cada mídia estão presentes desde os aspectos textuais até mesmo na hora do follow up.
Concluindo…
Na relação entre jornalistas de redação e assessores de imprensa, “menos é mais”. É crucial levar em consideração que, cada vez mais, a segmentação e personalização dos releases são fatores indispensáveis para obter sucesso no trabalho de PR.
E sempre considerar que o (bom) relacionamento é necessário e estratégico. Para isso, é preciso evitar, principalmente, os fatores que mais incomodam os jornalistas e seguir com as melhores práticas.