A primeira expectativa ao contratar o serviço de uma assessoria de imprensa é virar notícia em grandes veículos jornalísticos. É o sonho de consumo de qualquer empresa. Afinal, um veículo de impacto nacional, naturalmente, possui alcance maior em relação às mídias locais que atuam restritivamente em regiões mais específicas e localizadas.
Porém, apostar todas as fichas em um grande jornal, e deixar de lado uma segmentação regional, pode ser prontamente um tiro no escuro. Apesar de veicular para uma audiência expressivamente maior, não significa que, necessariamente o retorno sobre as ações sejam qualitativamente maiores e expressivas ao cliente assessorado em questão.
Mídias locais x Mídias nacionais
No planejamento estratégico é importante ponderar de acordo com objetivo do cliente a melhor opção de mídia para alocar esforço. Na prática, não há superioridade entre ambas. O primeiro passo para escolher a estratégia de atuação é analisar friamente a finalidade de cada campanha de divulgação. A intenção com a mídia espontânea é essencial.
Outro fator imprescindível na escolha de qual tipo de mídia trabalhar é compreender minuciosamente o comportamento do target. Desde os principais hábitos — para escolher o melhor tipo de mídia — até a concentração geográfica. Com a lição de casa concluída, não há segredo para apontar com base em dados o melhor caminho a seguir.
Confira, abaixo, o podcast do Comunique-se que aborda o assunto com Cássio Politi e Rodrigo Azevedo.
Mídia local
Optar por um trabalho de divulgação segmentado geograficamente pode ser um prato cheio para assessores de imprensa. Isso porque o público que consome os conteúdos tende a confiar mais em notícias veiculadas em mídias locais por questão de proximidade. Além disso, a audiência é extremamente seletiva e qualificada para o negócio.
Por outro lado, a concorrência costuma ser menor. A quantidade de releases enviados para grandes veículos costuma ser maior. Na ânsia de mostrar resultado ao cliente, há assessores de imprensa que escolhem abranger a segmentação do mailing imprensa e, por vezes, distribuem releases sem nenhuma conexão às editorias selecionadas.
Segmentação
É válido reforçar a importância de optar pela comunicação personalizada. Optar por segmentações genéricas influenciado pela quantidade de jornalistas que serão “atingidos” não significa que o resultado final será positivo. Pelo contrário. A probabilidade do conteúdo ser marcado como SPAM é significativa, além do profissional se “queimar” com o colega jornalista de redação. Por isso, o menos é mais.
Há casos em que, ao escolher uma segmentação ampla, o assessorado até vire notícia em determinada mídia jornalística. Mas, estrategicamente, o impacto com a visibilidade gerada não trará nenhum retorno tangível ao cliente, devido ao tipo de veículo.
Para uma empresa de atuação nichada, virar notícia em um jornal impresso local e se tornar o assunto da cidade com a visibilidade conquistada é mais interessante do que veicular o mesmo material, por exemplo, em um jornal de abrangência nacional. Há probabilidade da audiência ser de regiões onde a atuação do seu negócio não atende.
Conclusão
É importante e fundamental considerar as mídias locais em um trabalho de assessoria de imprensa. Uma comunicação direcionada e segmentada tende a trazer um retorno mais expressivo. Falar com o público certo, pelo canal certo é o caminho ideal.
Entender a fundo o objetivo e público de cada assessorado, contribui para otimizar os resultados. Compreender o impacto positivo da visibilidade em uma mídia local para o cliente pode ser a chave para não centralizar o esforço apenas em veículos da grande imprensa.