Pesquisa promovida pelo Grupo Comunique-se contou com a participação de 456 profissionais de comunicação e busca compreender as melhores práticas e o comportamento do setor perante ao uso do celular direto entre jornalistas de redação e assessores de imprensa.
Sabemos que um bom relacionamento é peça-chave para quem atua com assessoria de imprensa. Por um lado, os assessores atuam para fazer a ponte entre o cliente e a mídia. Já do outro, os jornalistas recebem conteúdos relevantes para os veículos em que atuam e, com isso, otimizam tempo no processo de captação de pautas.
O bom relacionamento entre as partes é desejo mútuo, por isso, recentemente, ouvimos a percepção dos jornalistas para com os assessores e, dessa vez, realizamos o caminho inverso: escutamos o outro lado do balcão — a fim de colher as melhores práticas e os principais incômodos de ambos os lados.
A pesquisa “O uso do celular direto na relação entre Jornalistas de Redação x Jornalistas Assessores de Imprensa” entrevistou mais de 400 profissionais que atuam diretamente na área de comunicação, seja em agências, redações ou autônomos.
Este artigo é baseado nos dados do estudo mencionado acima. Confira, abaixo, os principais tópicos abordados e alguns insights preciosos para entender as melhores práticas perante ao uso do celular direto.
Preferências do Jornalista
Quanto mais rápido for o acompanhamento e follow up de uma sugestão de pauta, mais chances o conteúdo tem de emplacar. Mas afinal, quantos profissionais de comunicação estão dispostos a deixar o celular disponível para contato direto?
Os jornalistas que atuam em redação foram questionados sobre a disponibilização do celular direto (pessoal e/ou profissional) para os jornalistas assessores de imprensa., A maioria afirmou que ‘Sim, disponibiliza para todos os assessores de imprensa’ (64,5%). ‘Disponibilizo apenas para assessores próximos’ (27,4%) e ‘Não disponibilizo o meu número de celular para nenhum assessor de imprensa’ (8,1%) eram as alternativas possíveis na questão.
Principais benefícios de utilizar o contato direto
Nesta questão, em cada alternativa, havia opções que justificavam o porquê de cada escolha. Para os jornalistas de redação que disponibilizam seu contato para todos os assessores, 72,5% consideram como principal benefício a ‘agilidade no contato com os assessores de imprensa’.
Para os profissionais que disponibilizam apenas para os assessores próximos, 44,4% acreditam que, com um bom relacionamento a relação entre assessor e jornalista de redação fica mais leve, por isso, consideram o relacionamento um fator crucial.
E para aqueles que não disponibilizam o número de celular para nenhum assessor de imprensa, de acordo com 33% dos profissionais, as duas principais causas se dividem em ‘Por já ter recebido contatos em horários indesejados’ e ‘Por terem tido más experiências com o follow up’.
Preferências do Assessor
Os meios de contato utilizados por assessores de imprensa para com os jornalistas são diversos. Porém, não escolher o celular como meio direto de contato é um risco que pode custar bons relacionamentos e diversas oportunidades perdidas.
Com isso, os assessores de imprensa foram questionados sobre quando utilizam o celular como meio de contato para se relacionar com jornalistas de redação. 69,7% utilizam sempre que tem acesso aos contatos dos jornalistas, contra 29,7%, que utilizam o contato somente com autorização dos jornalistas.
Importância do celular
Na era da informação as notícias correm, por isso, se torna cada vez mais importante estar conectado o máximo possível com as suas fontes de informação.
Agora questionados sobre a importância do uso do celular para emplacar pautas, numa escala de 0 a 5, sendo 0 pouco importante e 5 muito importante, a maioria não hesitou em afirmar que, o celular como contato direto é fundamental para relação, com 86,4%. Em contrapartida, 0,8% consideram o uso do celular como pouco importante.
Para justificar a escolha, 75,1% dos jornalistas assessores de imprensa acreditam que o retorno — positivo ou negativo — acontece mais rápido quando o contato é feito pelo celular. Na sequência, 17,9% afirmam que o e-mail é o segundo canal que mais possui retorno.
Segundo a maioria absoluta dos assessores respondentes (75,1%), o retorno acontece mais rápido quando o contato é feito pelo celular.
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Contato dos jornalistas
Seguindo o estilo anterior, os assessores de imprensa definiram, numa escala de 0 a 5, sendo 0 muito fácil e 5 muito difícil, o grau de dificuldade em conseguir o contato do celular dos jornalistas de redação. A maioria ficou em cima do muro com 33,8% dos votos.
Por que utilizar o celular?
Ao longo da pandemia o contato dos assessores com os jornalistas piorou muito. Na hora de realizar um follow up, qualquer comunicação é válida. E mesmo podendo utilizar outros canais, por que priorizar o celular como meio de contato tão importante?
Questionados sobre tal questão, 38,2% afirmam que a importância está na facilidade e proximidade de relacionamento que o celular permite, junto a 35,6%, que utilizam o celular como complemento e follow up das comunicações enviadas por e-mail. Vale destacar que apenas 0,8% dos assessores não utilizam o celular como meio de relacionamento.
Conclusão
A pesquisa evidencia a importância de utilizar o celular como recurso de follow up e bom relacionamento. O que fica claro é que: a grande maioria dos jornalistas de redação são flexíveis com relação ao uso do celular na relação com assessores de imprensa.
O relacionamento é primordial para o sucesso do assessor e apesar de gerar incômodo para alguns colegas de redação, utilizar um meio de contato direto permite que o profissional emplaque pautas de maneira mais rápida no mercado.