O número de funções dentro de uma equipe de comunicação foi se ampliando dentro de times de comunicação. Em grande parte, isso se deve ao fato de as agências e os departamentos de comunicação trabalharem integrados ao marketing digital — ou simplesmente adicionarem essa função às suas atividades.
Listamos a seguir os papéis que os profissionais de comunicação e marketing podem desempenhar hoje dentro de uma equipe.
É importante considerar que a nomenclatura pode variar de empresa para empresa. Afinal, boa parte das funções surgiu recentemente. Não existe, assim, uma tabela padronizada ou oficial para esses cargos, como há em profissões clássicas, como medicina ou engenharia.
Considere, ainda, que buscamos minimizar a quantidade de funções. Por exemplo, “redator” e “produtor de conteúdo” são atividades parecidas — para muita gente, sinônimas. Por isso, eliminamos a duplicidade.
Da mesma forma, usamos o nome “analista” em muitas funções, sabendo que ele pode ser chamado também de “especialista” ou afim. Novamente, tudo depende de como cada empresa prefere intitular. Para tirar melhor proveito deste post, concentre-se mais na descrição do que no título.
Nível de direção
CMO
O CMO (Chief Marketing Officer) ou simplesmente diretor de marketing é, segundo a plataforma de empregos Paladin Staff, “o responsável pelo planejamento, desenvolvimento e execução das iniciativas de marketing de uma empresa”. Responde diretamente para o CEO ou para a alta direção da empresa. Trabalha muito próximo do diretor comercial. Em alguns casos, tem a equipe de vendas sob seu comando. Sua missão é gerar receitas por meio do aumento de vendas utilizando todas as ferramentas de marketing em sua forma mais ampla.
CCO
Muitas empresas criam cargos do “C-level” hierarquicamente paralelos ao CMO ou abaixo dele. É o caso do CCO (Chief Content Officer) ou, em português, diretor de conteúdo. Segundo a versão da Wikipédia em inglês, o CCO é o “responsável pela criação de mídia digital e publicação por múltiplos canais dentro de uma empresa — texto, vídeo, áudio, animações etc.”. A função ganhou popularidade a partir de 2010, com o crescimento do content marketing em âmbito mundial.
Diretor de RP
Muitos cargos de direção foram padronizados no inglês com o formato “CXX”. Vale, por exemplo, para CEO, CMO e CCO mencionados nos tópicos anteriores deste post. Curiosamente, o diretor de relações públicas continuou com a denominação clássica. Mas, hierarquicamente, está normalmente emparelhado com o CCO.
Segundo o site americano Media Bistro, sua missão é “conceituar e implementar iniciativas estratégicas de relações públicas”. Isso inclui construir relacionamento com a mídia, coordenar entrevistas e materiais visuais, atuar como porta-voz, redigir discursos e comunicados em crises e garantir a qualidade dos press kits, entre outras atividades.
Nível operacional
Coordenador / Supervisor / Gerente
Logo abaixo da diretoria, vêm os cargos operacionais. Em alguns casos, as empresas têm gerentes liderando diretamente a equipe. Em outros casos, há supervisores ou coordenadores abaixo dos gerentes. Tudo depende do tamanho da equipe de comunicação e marketing. Para todos os casos, esses cargos de supervisão, coordenação ou gerência são os responsáveis por liderar e executar a operação de atividades específicas — como assessoria de comunicação, produção de conteúdo etc. Na grande maioria dos casos, eles colocam a mão na massa.
Redator
Mesmo em equipes que trabalham com a produção de conteúdo para múltiplos canais, o texto escrito continua sendo a base da produção de quase todo tipo de conteúdo. Por exemplo, vídeos nascem a partir de um roteiro escrito. Podcasts também. Segundo o livro “Epic Content Marketing”, os redatores “produzem o conteúdo que, em última instância, ajudará a contar uma boa história. Essa função também pode ser executada por um especialista em assuntos ligados aos objetivos da empresa”. O redator desempenha uma função similar à do repórter de jornais e sites. Por isso, jornalistas com experiência em redação são os mais indicados para a função, embora isso não seja requisito. O verdadeiro requisito é escrever bem.
Produtor de conteúdo
O redator produz a matéria-prima, mas ela precisa ser transformada em um produto editorial a ser consumido — ebook, vídeo, podcast, infográfico etc. Por isso, entra a figura do produtor de conteúdo. O livro “Epic Content Marketing” o descreve como a pessoa que “dá forma ou cria o pacote final em que o conteúdo é apresentado”. Esse profissional é normalmente mais experiente que o redator. E mais completo por ter mais habilidades. Por exemplo, é capaz não apenas de editar um vídeo, mas de apresentá-lo também. O que significa que uma mesma pessoa pode desempenhar as duas funções simultaneamente: redator e produtor.
Analista de redes sociais
O analista de redes sociais tem habilidades tanto do redator quanto do produtor de conteúdo, mas em menor escala. Afinal, ele precisa desenvolver as habilidades de redação e produção de conteúdos visuais suficientes para alimentar as contas da empresa em redes sociais. Adicionalmente, precisa ter habilidades de monitoramento — ou “listening” — para interagir adequadamente com o público. E deve dominar os recursos de distribuição paga e impulsionamento de conteúdo. Afinal, muitas redes sociais, como o Facebook, entregam resultados muito tímidos se não houver pagamento para distribuição do conteúdo.
Analista de SEO
Conquistar bom ranqueamento no Google é um objetivo frequente de empresas que produzem conteúdo — especialmente se elas mantiverem um blog ativo. A conquista das primeiras posições em mecanismos de busca é uma atividade que demanda em parte habilidades técnicas e em parte habilidades de conteúdo. Sua missão é manter as páginas do site da empresa bem ranqueadas. O analista de SEO (Search Engine Optimization) é alguém que transita bem entre os universos de TI e de comunicação. Pode ser o profissional de uma das duas áreas com habilidade na outra. Mas sua principal qualidade é o interesse específico em SEO, uma vez que há mudanças continuamente nos algoritmos do Google.
Analista de marketing de influência
O marketing de influência estourou como tendência do marketing digital nos Estados Unidos em 2014 e no Brasil em 2018. Existem duas formas de praticá-lo: remunerando influenciadores digitais para que atuem como uma espécie de garotos-propaganda ou, então, se relacionando com influenciadores e microinfluenciadores, buscando parceria com a marca. Para ambos os casos, o analista em marketing de influência tem a missão de gerar resultados — como tráfego, brand awareness, leads etc. — a partir do relacionamento com influenciadores.
Analista de mídia de performance
Uma das vertentes de empresas que adotam o marketing digital é a publicidade online. Embora as interfaces das plataformas de anúncios — como Google AdWords e Facebook Ads — sejam fáceis de usar, a concorrência é enorme entre as empresas. Por isso, os anúncios precisam ser criados por alguém que entenda não apenas das plataformas e da mensuração de resultados por elas, mas que tenha também um lado criativo apurado. Afinal, sua missão será gerar leads e tráfego por meio das campanhas. O perfil mais indicado para essa atividade é o do publicitário.
Growth hacker
O termo “growth hacking” surgiu em 2010 alcunhado pelo empreendedor digital Sean Ellis. Ele o define de forma simples: “é o marketing orientado a experimentos”. Em outras palavras, consiste em descobrir formas de melhorar os resultados das atividades de marketing digital fazendo pequenas mas substanciais mudanças. Por exemplo, pequenas mudanças em landing pages podem aumentar a conversão de formulários preenchidos. A missão, portanto, do growth hacker é experimentar pequenas mudanças e observar os resultados obtidos com elas. A função pode ser desempenhada por qualquer pessoa que seja “fluente em números”, como se diz no jargão de mercado.
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Assessor de comunicação
A função do assessor historicamente começou focada no relacionamento com jornalistas. À medida que a assessoria se desenvolveu e abraçou novas atividades, o assessor também evoluiu para uma atividade mais ampla, que cuida da imagem pública da empresa, sem deixar de fazer o relacionamento com a mídia. O cargo tem sido ocupado tanto por jornalistas quanto por relações públicas.
Designer
Embora a contratação de freelancers seja hoje facilitada por serviços como o Fiverr e afins, a contratação de um designer fixo dentro de uma equipe de comunicação e marketing é uma boa opção para empresas que tenham um volume alto de produção de conteúdos visuais, como infográficos, apresentações em PPT, imagens de thumbnail, vídeos etc. Nesses casos, a missão do designer é produzir peças que confiram à empresa uma identidade visual marcante e de alta qualidade.