As 5 tendências no mercado da comunicação em 2018
Para os profissionais que ainda estão em dúvida no que apostar em 2018, é importante entender como o mercado se adapta às constantes mudanças no cenário da comunicação. Existem diversas opções para alavancar os negócios.
Entretanto, é necessário estar sempre informado, perceber o novo contexto e, acima de tudo, quais as grande tendências para o próximo ano. Neste post vamos listar 5 delas.
1 – Campanhas de microinfluenciadores
A partir do momento em que o marketing de influência deixou de ser tendência para se tornar realidade, mais profissionais da área de comunicação se interessaram em realizar campanhas com os grandes influenciadores digitais, classificados como celebridades. Entretanto, o foco está se movendo rapidamente para microinfluenciadores.
Mas, qual o motivo dessa mudança? Entenda a diferença e veja como funciona:
Microinfluenciadores versus Macroinfluenciadores
- Engajamento: as postagens do microinfluenciador têm uma taxa de engajamento maior (levando em consideração número de curtidas, comentários e compartilhamentos) em comparação com os grandes influenciadores. De acordo com a AdWeek, campanhas com pequenos creators podem chegar num resultado de até 6 vezes maior nas redes sociais.
- Custo: Trabalhar com microinfluenciadores gera um gasto menor. Nos Estados Unidos, a média fica em US$ 271 para compartilhar uma postagem patrocinada, contra US$ 800 para grandes influenciadores
Além disso, uma recente pesquisa constatou que os pequenos influenciadores são mais confiáveis. Aproximadamente 70% dos assinantes do YouTube dizem que se relacionam mais com creators menores do que com celebridades.
Contudo, mesmo com algumas dessas vantagens citadas, por que as campanhas com microinfluenciadores não são recorrentes? A resposta se dá por conta da dificuldade em realizar o gerenciamento e analisar as métricas.
2 – Personalização orientada por dados
A personalização tem sido uma palavra-chave muito popular nos últimos anos, e com bom motivo. Está provado que funciona quando executado corretamente.
- 86% dos profissionais de marketing acreditam que a personalização não é uma ideia superada.
- 65% dos compradores B2B trocariam de marcas se um vendedor não personalizasse as comunicações.
Embora esta adaptação básica seja boa, muitos profissionais de marketing ainda não adotaram uma personalização mais profunda — ou seja, a hiper-segmentação de mensagens, baseada em dados ricos e completos (como interesses, gostos, ações realizadas no passado, previsões, etc)
De acordo com uma pesquisa recente da Adobe, quase 80% dos compradores esperam a personalização como um recurso padrão, com expectativas que vão desde lembrar as compras passadas (59%) até saber quanto tempo ele(a) é cliente (46%).
Os programas de marketing de empresas que adotaram a personalização baseada em dados disseram que a segmentação se resume à tecnologia. Empresas de alto desempenho avaliam que a personalização de sucesso requer:
- Gerenciamento de dados habilidoso
- Ferramentas de análise de marketing
- Poderosos sistemas de CRM*
Implementar a personalização baseada em dados está enraizada em certas plataformas, que estão se tornando mais acessíveis, preparando o cenário para uma adesão maior em 2018.
“Os dados são muitos, e ainda mais úteis quando são recentes. Todos se concentrarão em dados atuais e imediatos. As empresas SaaS (Software as a Service) se afastarão das APIs de publicação (Application Programming Interface) e, em vez disso, moverão para a publicação de dados diretamente em seu data *warehouse, para que possa ser combinado com outros sistemas “.Lloyd Tabb, fundador e CTO da Looker.
*Data warehouse “é um depósito de dados digitais que serve para armazenar informações detalhadas relativamente a uma empresa, criando e organizando relatórios através de históricos que são depois usados pela empresa para ajudar a tomar decisões importantes com base nos fatos apresentados”.
3 – Eficiência alimentada por inteligência artificial
A Inteligência Artificial pode inicialmente ter soado como uma ideia fantástica de ficção científica, mas evoluiu constantemente para uma abordagem com aplicações práticas para os profissionais de comunicação.
- Estudos apontam que tal estratégia está prevista para ter a maior taxa de crescimento nos próximos dois anos
Este pico esperado na adoção é impulsionado pela crença de que a inteligência artificial ajudará os profissionais da área de comunicação a realizarem tarefas de forma mais efetiva e numa escala maior.
Já os indivíduos que trabalham com marketing acreditam que a inteligência artificial ajudará nos seguintes fatores:
- Melhor personalização de conteúdo / recomendações
- Entrega dinâmica de páginas na Web e anúncios
- Aumento da produtividade dos componentes do equipe de marketing
- Análise enriquecida dos dados e otimizações sugeridas e mais assertivas
Tais benefícios citados acima não são esperanças abstratas, uma vez que eles já estão sendo realizados: 64% das empresas que utilizam inteligência artificial dizem que aumentou substancialmente a eficiência de marketing.
É uma forte tendência. Além de tornar as ofertas mais eficazes, aumenta a produtividade e oferece insights mais poderosos.
“Em 2018, os recursos da AI irão desempenhar um papel fundamental nas comunicações virtuais e, como resultado, superarão as comunicações pessoais em termos de experiência e produtividade do usuário. Recursos de inteligência artificial, como transcrição inteligente, assistentes pessoais virtuais e reconhecimento de voz irá suportar reuniões de vídeo inteligentes que se tornarão o padrão de comunicação “. Eric Yuan, fundador e CEO da Zoom.
4 – Mapeamento da jornada do consumidor
Apesar de o tema não ser uma novidade, ainda é amplamente discutido nas empresas. No entanto, já ficou constatado que analisar a jornada de compra do seu possível cliente pode gerar resultados expressivos e assertivos.
Acontece que, mesmo assim, apenas 41% dos profissionais de marketing e venda elaboram conteúdos baseado em pontos específicos do que podemos chamar de Buyer Personas.
Leia Mais: O que são buyer personas e como criá-las?
Esta é uma grande oportunidade perdida. Entregar a mensagem certa, no ponto certo da jornada do cliente, gera grandes ganhos para as marcas. Cerca de 89% das empresas de alto desempenho alinham os papéis de marketing para uma estratégia de jornada do cliente.
A importância desse mapeamento está diretamente ligada à evolução do comportamento dos indivíduos. À medida em que as pessoas adotam mais canais — e canais diferentes — as mensagens através dos formatos ótimos e nos momentos certos tornam-se ainda mais importantes.
- 71% dos profissionais de marketing dizem que a compreensão das múltiplas tarefas e interesses do consumidor ao longo de sua jornada de compra será muito importante e determinante nos próximos anos.
“Eu acho que a maioria das empresas não tem uma ideia real de como desenvolver buyer personas para a organização. Esse componente crítico está faltando ou foi concluído incorretamente para a maioria das marcas. Pode parecer simples, mas é muito difícil e incrivelmente poderoso para a organização” Joe Pulizzi, autor do livro Marketing de Conteúdo Épico.
5 – Content Shock
Traduzindo content shock para o português poderíamos entender como “embate do conteúdo”. Tal nomenclatura foi criada por Mark Schaeffer, ex-executivo de empresas americanas grandes e também autor do livro Content Code.
O que está começando a acontecer e provavelmente se realizará a partir de 2018 é simples de entender: enquanto a quantidade de conteúdo produzido cresce rapidamente, o consumo desses conteúdos se mantém praticamente no mesmo nível. Ou seja, em breve teremos muito mais conteúdo sendo produzido do que consumido, como mostra o gráfico abaixo.
A projeção disso é fácil de entender: estratégia de content marketing se tornará ineficiente. Isso é o content shock. Não se trata de mera teoria. De acordo com um levantamento realizado pela Kapost, anualmente cresce em quase 20% o número de empresas ou pessoas que elaboram conteúdo.
Em contrapartida, o público leitor aumenta apenas 2,5%. Isso significa que a oferta é cerca de oito vezes maior do que a procura por conteúdo. Num artigo elaborado em 2014, Mark Schaeffer diz que uma das implicações para esse efeito é que as empresas provocam o content shock propositalmente.
Produzem conteúdo em larga escala com o objetivo de ocupar as melhores posições no Google e evitar o aparecimento de eventuais competidores.
Sintomas do content shock
O produtores de conteúdo de baixo orçamento perderão espaço. Ou seja, a ideia de que “conteúdos épicos sobem ao topo” vai acabar. Estamos agora numa época em que as estratégias de publicidade, promoção e distribuição podem diminuir a importância e a qualidade do próprio conteúdo.